quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Um poema sem descrição

Como seria viver sem opção. Viver sem democracia. Viver sem emoção.

Como seria viver sem reclamar. Viver sem anestesia. Viver sem amar.

Como seria viver sem sonhar. Viver sem coração. Viver sem caminhar.

Como seria viver sem se descobrir. Viver sem falar. Viver sem ouvir.

Como seria viver? Como seria morrer? Como seria sofrer?

Diga mais uma vez o que eu quero ouvir. O que eu quero falar. O que eu queria ser?

Sempre a reclamar eu vivo caindo dos prédios e arranha-céus.

Vou vuar, vuar com U mesmo...vou vUUUUarrr! O chão é duro.

Os pontos são falhos e as manobras estranhas, como uma casa.

O prédio me levou a ser uma casa, ou ao contrário?

Os acentos e pontos todos errados e diversificados. Misturarrr!

Outro dia resolvi falar, depois de longos anos sem tal façanha

Disse: Quero minha mãe, ver meu pai e abraçar minha irmã!

Dai eu voltei a não falar, porque não falar? perguntam.

Porque não falar é melhor do que falar para as paredes.

Porque não falar é melhor, dá para a gente meditar e refletir.

Isso foi a última coisa que escrevi antes de dormir

Um sono profundo e uma última viajem, a vertigem

Uma penúltima descoberta, a queda do medo de amar

Nada é igual a nada, tudo o que vê é ilusão.

Mera coincidência, uma mera confusão.

Tudo é assim mesmo, grande e chato...

Isso foi a ultima coisa que eu vi antes de partir

A coisa toda arrumada e destroçada

As pastilhas do meu bolso estão derretendo

O que isso tem haver com a história

Elas representam minha total falta de higiene

A perda da minha fome e a crença em um dia melhor

Um futuro melhor a todos, isso eu não disse, escrevi

Parei de falar para não gastar minhas cordas vocais

Engraçado como as pessoas tem crenças esquisitas

Estranho como tudo se encaixa, tudo combina

Dois post num só dia? Que estranha inspiração. Sem vontade de levantar da cama.

Esse post deveria ter sido postado no mesmo dia do anterior. Domingo, morto, calmo, prostrado em cima de uma cama? ou de uma casa? quem sabe de uma dança. Melhor!, de uma pança? Minha frase! Minha vida! O meu mmmuuuuunnndddoooooo!

Um comentário:

Vanessa M. Leão disse...

É a vida não teria graça sem nada disso, talvez por isso mesmo que ela seja tão apaixonante.

Cuide das pastilhas no bolso, hahahahahaha, meleca!

Ahh sempre estarei por aqui também!

Feliz Ano Novo!!!

bjim