domingo, 7 de dezembro de 2008

Vida antes da catástrofe

Milhões de pensamentos envoltos de consciência austera. Milhões de pessoas passeando em cavalos de magoa. Será isso nossa alma?

Todo dia acho que ninguém mais vai me notar. Caminho entre pessoas que já vi na vida, e talvez, nunca mais virei, imaginando da onde vieram? Porque vieram? Quando vieram? Para que vieram? Para onde vão? Vão todos para as suas casas úmidas de problemas. Sinto que elas não me notam, acho até que não vêem, mas eu as noto. Não todas, somente as que me interessam. Será o certo? Porque não me interessar por todas, afinal são Seres Humanos.

Agora cachorros comem uns ao outros em busca de comida. Como se nada tivesse acontecido voltam e pedem carinho. Será isso nosso destino?

Porque será que pessoas maltratam umas as outras e agem puramente com segundas intenções por agirem em seus próprios interesses? Será que eu, (você, e todos que não lêem o que escrevo) são somente tapetes onde todos podem pisar na hora que quiserem e depois, quando você for útil vierem pedir ajuda? Você ajuda, e o que recebe em troca? Mais bordoada.

Em uma tarde nublada, pássaros invadem as casas por não terem onde se abrigar. Todas as árvores foram derrubadas. A chuva é acida. Queima as penas e mata-os de pena.

Eu quero ver onde o mundo vai parar. Mesmo sabendo que não estarei vivo para ver, mesmo sabendo que desejar o pior para o outro é moralmente errado. Mesmo sabendo que pedir pela desgraça alheia é religiosamente estúpido, eu desejo isso. Mesmo sabendo que rir de quem precisa de ajuda inconscientemente mal. Eu sinto isso, não nego, falo para que quiser ouvir. Porque nós esconder em mascaras de barro? Quando tudo acabar, e eu sei que esse dia ira chegar, eu vou ajudar, no meu mais puro sentimento (bonzinho). Quando perdemos nossa segurança do lar, nosso teto de concreto, nossa rua de asfalto, nossos carros e nossas roupas, nosso dinheiro e nossa civilidade.

continua...

Um comentário:

GNews disse...

Olá, Rodolfo!
É os dias passam e o amor, amabilidade, generosidade se vão junto com a água que desce até o chão, com o vento que bate nas folhas e com o calor que mata as flores. Somos seres que jogam fora a oportunidade de ser melhor. Mas, sem precisar machucar ou ferir algum ser que habita a Terra.

Muito lindo o texto! e infelizmente tenho que concordar que esta é a mais pura realidade!

Gabi