Dirijo um velho carro que não sei mais para aonde vai. Dirijo uma velha lembrança, antigas passagens. Parece um taxi. Talvez seja somente o meu passe. Vou para onde ninguém quer ir. O outro mundo, onde a dor habita a luz e a paz o escuro.
Para onde vamos? Quem somos? Porque somos? Porque pensamos? Porque não vivemos como animais, somente pelo instinto, nosso mais puro e nobre sentimento. Escondemo-lo em nossos bolsos, como se ele nunca existisse e vamos vivendo como seres civilizados. Seres moralmente certos, que diante da hipocrisia vestem a roupa suja das palavras, leis, constituições, votos, representantes, justiça (cega? então porque juízes dirigem carros que custam mais que a casa de uns? não são cegos?). Será que ainda vale a pena viver entre pessoas que nem ao menos notam você? Será que vale a pena sobreviver nessa nova selva imunda de desgostos? Será que a verdadeira selva não é melhor?
Enquanto eu dirijo, pessoas do outro lado do mundo dormem. Como se nada tivesse acontecido. Enquanto me dirijo ao abismo, pessoas ao meu lado se iludem achando que estão no topo do mundo. Ninguém é perfeito e nada mais importa, já que estamos a alguns passo da extinção. Aquecimento global. Destruição das floresta. Poluição dos rios. Extinção dos animais. O que mais temos para fazer?
Um comentário:
VAMOS ATUALIZAR O BLOG...
BEIJOS
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