quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Santos cegos

Respeitável público, diante da insuficiência em criação apresento-lhes mais uma coisa que se chama poema mas não é. Uma enorme hipocrisia desregulada. Como um legítimo Ser Humano contraditório. Com um alguém sem noção de vida comum, uma merda. Ai vai mais um sofrimento ignorante, um pensar distraído, uma mina de barro.

Somente os santos são nossos amigos
Minha amiga santa engradada em ferro
Como uma mascará de humilhação
Como uma corda bamba de aceitação

Caio do lado errado, o lado mais fácil
Porque o lado difícil não pertence a mim?
Pessoas misteriosas impedem esse sufrágio
Porque continuam a dizer sim?

Somente os santos podem nós salvar
Desconheço a alegria de cantar
Jogado o fogo do desconhecido lugar
Entradas de prata enganam seu olhar

Como se fosse a primeira vez
Gozamos antes de acabar
Cercado por gigantes mais três seis
Fugimos para não nós alcançar



Fundação de Curitiba (1948)
Óleo sobre tela - 2,60 x 5 metros
Teodoro de Bona

2 comentários:

Camila Paiva disse...

Se isso nao for um ótimo poema, e com direito a ilustração?! Perco agora todos os meus conceito de que seria feito poemas?? talvez com versos e estrofes, mas sem um conteúdo tão gostoso de ler que a gente não quer q acabe e sim ficar lendo..lendo e lendo...mas quem sou eu pra dizer isso? È melhor pensar q seria uma "hipocrisia desregulada" talvez seja mais facil aceitar as criticas.

bjos meu melhor poeta!!
:)

GNews disse...

O poema ou a poesia é como cavalos que no balanço do seu trote tenta nos levar ao chão. Mas, para aqueles que apreciam nada mais é do que a vontade de jamais sair de cima de um alazão.

Não é um amontoado de palavras, é a arte descrita e expressa em linhas. Sinto-me honrada! Obrigada! Parabéns!

E,jamais deixe ser levado ao chão!

Bjim!
Gabi